Já tem algum tempo que chegamos na Holanda, em Amsterdam, e tanta coisa já aconteceu, tantos micos, tanto aprendizado que já está difícil saber por onde começar.
Vou tentar começar falando um pouco do dia da viagem e das primeiras impressões que tivemos ao chegar aqui, quando literalmente colocamos nossos pés em solo europeu no aeroporto de Amsterdam, Schiphol, que está entre os maiores da Europa.
Posso dizer que o dia da viagem não foi exatamente um dia agradável, ou melhor, não foi nada bom. Apesar da alegria de partir para uma nova experiência estávamos muito nervosos com tudo o que tínhamos que arrumar nas nossas últimas horas de Brasil. Passamos literalmente mal o dia todo: enjôo, tontura, dor de cabeça, não comemos nada até embarcar. Como prevenção, compramos bolachinha água e sal para o vôo (recomendação do nosso amigo e médico da família Fred), pois não conseguíamos nem pensar em comida de avião. Acompanhados dos nossos amigos Erre, Aline, Sidos e da minha mãe que nos levaram e nos acompanharam até o aeroporto, aguardamos ansiosos o momento da partida. Após a despedida e o embarque começamos a nos sentir fisicamente melhor, mas estávamos longe de nos sentir bem. Embarque anunciado e lá fomos nós para fila. Primeiro vôo internacional. Eu não estava nem um pouco de tensa. Entramos no avião, comissários já falando em inglês e holandês, achamos nossas poltronas e nos sentamos aguardando o momento da decolagem.
Pontualmente as 19:40 o avião decolou e após os 15 minutos de decolagem, magicamente o mal estar foi embora e fizemos um vôo tranquilo com direito a toda comida que o avião nos serviu. A classe econômica como todos nos disseram é realmente muito apertada e não teve dramim que me fizesse dormir. O serviço da KLM por outro lado é muito bom, há televisores individuais com diversos programas e filmes disponíveis para você se entreter nas cansativas 12 horas de vôo. Sofri com a diferença de pressão no momento do pouso (Dica: nunca fique com as vias aéreas congestionadas antes do pouso de um vôo internacional. Tome descongestionantes enquanto estiver no ar, porque a dor não é brincadeira. Uma das piores que já senti na vida).
Ao sair do avião, nosso primeiro pensamento foi: “Estamos na Europa!”. 🙂
Desembarcamos e começamos as novas experiências. Primeiro passo, vamos achar a esteira da bagagem. Seguindo as placas do aeroporto, chegamos na Imigração e o primeiro sinal de manezisse completa: “Ué? A Imigração é antes de pegar a bagagem?!?! Será que estamos no lugar certo!? Bem deve ser, não há outro.” Passamos pela Imigração e sim, entramos no país!. 🙂 Depois disso, pegamos nossas bagagens e fomos andar pelo aeroporto. Máquina fotográfica e chip de celular comprado, conhecemos um pouquinho do Schipol, conhecido por ser enorme e muito bonito e fomos tentar ligar para nossos pais para avisar que havíamos chegado bem. Sério, apanhamos pra conseguir fazer nossa primeira ligação internacional. Laaaaamer. Os micos já começaram a acontecer de cara. Pais avisados e tranquilizados, fomos procurar o táxi que estava agendado para nos levar até o Hotel. Claro que perguntamos pela localização da empresa de taxi em frente a ela no aeroporto. 🙂
Saindo do aeroporto e andando de carro pelas ruas de Amsterdam nas redondezas do aeroporto nos lembramos de Florianópolis, da região próxima a rodoviária. Eram muito semelhantes. Isso nos trouxe uma sensação de familiaridade muito boa. Começamos a olhar as ruas e as pessoas vivendo ali, e o primeiro pensamento que tivemos ao andarmos pelas ruas de Amsterdam foi “São pessoas vivendo em lugares. É a mesma coisa, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. São pessoas levando suas vidas”. Os Beatles sabem de tudo. 🙂