A Holanda é, de fato, um país molhado (não só porque quase um terço do país está abaixo do nível do mar). Chove bastante aqui (ao contrário do que alguns turistas e recém-chegados sortudos possam achar quando pegam uma rara semana sem chuva). Mesmo no inverno, chuva é bem mais comum do que neve na Holanda e no fim do verão o céu desaba mesmo.
Felizmente os habitantes da Holanda não são feitos de açúcar e saem todos normalmente (se você vai ficar em casa porque está chovendo, você vai ficar em casa.) Pimpolhos são carregados (e não só na chuva, aqui carrega-se neném em climas que no Brasil nem sequer se cogitaria um transporte infantil), compras são feitas (e carregadas) e, como normalidade na Holanda envolve bicicletas, muita gente ainda insiste no pedal (embora, obviamente, muitos passem a usar transporte público ou carro).
A coisa é tão, digamos, parte da cultura local que eu encontrei uma escultura em Haia que representa dois ciclistas, talvez pai e filho, com cabeças-de-guarda-chuva. Hein? Assim:
O mais prático pra se pedalar na chuva é, como você vê também na foto, uma capa de chuva, e a escultura pode ser vista como uma encarnação de holandesice, bicicletas e chuva. Porém o escultor (ou escultora) não estava inventando. Eles usam mesmo guarda-chuva enquanto pedalam. Oh isso é apenas mais uma das coisas que eles conseguem fazer na bike.

E nessa semana tem chovido bastante (devem ser as águas de agosto fechando o verão). Na verdade, quinta-feira agora choveu o equivalente à média do mês todo. Chegou a alagar um túnel perto da Centraal Station (já tava aberto de novo quando cheguei pra fotografar) e a polícia pediu pra ficar em casa, se possível.
Conselho, até onde vi, devidamente ignorado sobre duas rodas.